Desde da época que criei esse blog estou para postar as memórias da casa de minha avó, dizer de suas estruturas, simplicidade e riqueza que é o viver por lá, mas de tão pouco que lembro por eu ter 4 anos que preferi nada postar, pois bem, nesse último final de semana revi a casa que ela morava, não mudou muita coisa, as pessoas continuavam únicas e a natureza agora mais verde
Vou contar o quão foram esses dois dias:
Logo quando cheguei vi a felicidade estampada em minha avó e ela já foi abrindo os braços para selar o nosso abraço, depois ficou com o olhar penetrante e tão ávido quanto ninguém que não consegui comparar. Avôzinho quando me viu só me disse - "Grande! Que rapaz grande!" - com um sorrisão de espanto em ver a família na frente dele.
Ficamos até às 6H só conversando das felicidades, e tristezas que pouco mencionavamos por conta do momento de alegria.
No almoço avô olhava para gente e chorava sozinho calado, só em olhar o semblante já comovia à todos, eu fiquei de canto também calado pensando no porquê ele estava tão quieto e chorando, vezes tentava dizer-lhe algo engraçado ao lado de seu ouvido por conta de ter a audição prejudicada, e o resultado era imediato com um sorriso feito criança.
- Ah, como a felicidade é fácil ao lado deles -
Avó noutro dia corria para lá e para cá, levando avô no portão para ver o povo, preparando o almoço, liberando água da caixa para casa, dando banho no avô, colocando ele para dormir, dando benção às crianças que pediam por todo o dia, chamando gente para ver a filha de São Paulo, contando das boas para o povo da cidade. Ela para mim é o maior e melhor exemplo de amor, vontade que eu tenho de colocá-la no colo e cuidar.
Na hora de ir embora eu fui o último a ser abraçado por ela, logo quando vimos o sorriso e a dor de despedida não aguentamos e ficamos um bom tempo abraçados.
De volta para casa ria com dor, ria por passar um final de semana que esperei 20 anos por ele e a dor por ter que despedir dessa felicidade.
Tenho tanto mais para contar procês, mas não consigo colocar tanta vida num texto.
Quanta vida que me emociona, até. De verdade, meus olhos até marejaram. Que experiencia maravilhosa, sesu avôs tão longe e o valor que eles tem para você, enquanto uns tem os avôs tão perto e pouco valor dão. Parabéns, pelo texto cheio de emoção e carinho. Cada vez mais é algo que precisa ser incentivado: o carinho.
ResponderExcluirA verdadeira face do amor puro. Eu adorei quando li pela primeira vez, adorei mais agora.
ResponderExcluirSinta-se a vontade com esse amor, são só esses que valem cada minuto.