sábado, 21 de novembro de 2009

Distorcimento



Vi aquele liquido movimentando-se no copo, 250, no movimento como o lagrimejar em prantos de um amor cortado; sobe via a imagem de minha boca num angulo que só remetia a mim, estremeceu-se o copo mais uma vez e a imagem distorcida remeteu o objetivismo do imperfeito. O copo de vinho foi o introspectivo de minha alma, não há espelho e nem ouvidos que possa entender o quão foi importante visionar aquele íntimo, que nem eu mesmo enxergava. Pedi a um amigo me dê um gole dessa ilusão, não dei valor ao gosto, fiquei apenas apurando num único gole a essência daquela arte. Bastei, senti o glorioso distorcimento do que é o amor cortado, caindo-se em vinho na garganta impetuoso, de uma forma que foi o explicável do inexplicável, pois bem é uma arte o vinho o amor.

Um comentário: